Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT:
“Resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos ou semissólidos, que
resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços
de saúde, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Consideram-se também
resíduos sólidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água,
aquele gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem cm
determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento
na rede pública de esgoto ou corpo d’água, ou exijam para isso soluções
técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível” (ABNT,
1987).
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
RESÍDUOS URBANOS: incluem o resíduo
domiciliar gerado nas residências, o resíduo
comercial. Produzido em escritórios, lojas, hotéis, supermercados,
restaurantes e em outros estabelecimentos afins, os resíduos de serviços, oriundos da limpeza pública urbana, além dos
resíduos de varrição das vias públicas, limpezas de galerias, terrenos, córregos,
praias, feiras, podas, capinação.
RESÍDUOS INDUSTRIAIS: correspondem aos resíduos gerados nos diversos
tipos de indústrias de processamentos. Em função da periculosidade oferecida
por alguns desses resíduos de processamentos. Em função da periculosidade oferecida
por alguns desses resíduos, o seguinte agrupamento é proposto pela ABNT-NBR
10.004 (1987):
Ø Resíduos
Classe I (perigosos): pelas suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade, podem apresentar riscos
à saúde pública, provocando ou contribuindo para o aumento da mortalidade ou
apresentarem efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos
de forma inadequada.
Ø Resíduos
Classe II (não inertes): incluem-se nesta classe os resíduos
potencialmente biodegradáveis ou combustíveis;
Ø Resíduos
Classe III (inertes): perfazem esta classe os resíduos considerados
inertes e não combustíveis.
Resíduos de serviço de saúde:
são os resíduos produzidos em hospitais, clínicas médicas e veterinárias,
laboratórios de análises clínicas, farmácias, centros de saúde, consultórios
odontológicos e outros estabelecimentos afins. Esses resíduos podem ser
agrupados em dois níveis distintos:
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Resíduos sépticos.
Imagem: ASCOM/Prefeiturade Maceió. |
Ø Resíduos
comuns: compreendem os restos de alimentos, papéis, invólucros, etc.;
Ø Resíduos
sépticos: constituídos de restos de salas de cirurgia, áreas de isolamento,
centros de hemodiálise, etc. O seu manuseio (acondicionamento, coleta, transporte,
tratamento e destinação final) exige atenção especial, devido ao potencial
risco de saúde pública que podem oferecer.
Resíduos de portos, aeroportos,
terminais rodoviários e ferroviários: constituem os resíduos
sépticos, que podem conter organismos patogênicos, tais como: materiais de
higiene e de asseio pessoal, restos de alimentos, etc., e veicular doenças de
outras cidades, estados e países.
Resíduos agrícolas:
correspondem aos resíduos das atividades da agricultura e da pecuária, como
embalagem de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, esterco
animal. A maior preocupação, no momento, está voltada para as embalagens de
agroquímicos, pelo alto grau de toxicidade que apresentam, sendo alvo de
legislação específica.
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Entulho.
Foto: Jonas de Morais DL
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ENTULHOS: constitui-se de resíduos de construção civil: demolição,
restos de obras, solos de escavações, etc.;
RESÍDUOS RADIOATIVOS (lixo atômico): são resíduos provenientes dos combustíveis
nucleares. Seu gerenciamento é de competência exclusiva da CNEN – Comissão Nacional
de Energia Nuclear.
LIXO ESPACIAL: Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no
espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil
quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites
desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram
normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas
anti-satélites.
Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos.
Disciplina do Curso de Especialização em Tecnologias Ambientais.
UNESP, Campus São Vicente, 2002.